.dia bom.dia cheio... cheio de sol, de chuva, calor e frioooo... sabe bem transferir esse preenchimento que nos rodeia para nós mesmos. Deu para descansar, para ver o mar... pilhas recarregadas de novo!.. em m im já paira a ansiedade de caminhar sobre o tapete policromático que o vento ajuda a formar... humm, frio e escuro, casacos, lã e lareiras, luvinhas e cachecóis... sooooo wake me up when september ends!!!
Uma névoa de Outono o ar raro vela, Cores de meia-cor pairam no céu. O que indistintamente se revela, Árvores, casas, montes, nada é meu.
Sim, vejo-o, e pela vista sou seu dono. Sim, sinto-o eu pelo coração, o como. Mas entre mim e ver há um grande sono. De sentir é só a janela a que eu assomo.
Amanhã, se estiver um dia igual, Mas se for outro, porque é amanhã, Terei outra verdade, universal, E será como esta.
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não pára...
E quando o tempo acelera e pede pressa
Eu recuso, faço hora e vou na valsa,
A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal,
E a loucura finge que isso é normal,
Eu finjo ter paciência...
O mundo vai girando cada vez nais veloz,
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber,
Será que temos esse tempo pra perder,
E quem quer saber?!
A vida é tão rara... tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma,
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma,
A vida não pára...
A vida não pára nao...
Será que é tempo que lhe falta pra perceber,
Será que temos esse tempo pra perder,
E quem quer saber?!
A vida é tão rara... tão rara...
A vida é tão rara.
"Paciência" João Pedro Pais & Mafalda
Veiga
...um tempito tão acelerado.uma vida tão cheia.humm...quero respirar!*
"Tudo o que eu vi, estou a partilhar contigo o que não vivi, hei-de inventar contigo sei que não sei, às vezes entender o teu olhar mas quero-te bem, encosta-te a mim. Encosta-te a mim, desatinamos tantas vezes vizinha de mim, deixa ser meu o teu quintal recebe esta pomba que não está armadilhada foi comprada, foi roubada, seja como for.
Eu venho do nada porque arrasei o que não quis em nome da estrada onde só quero ser feliz enrosca-te a mim, vai desarmar a flor queimada vai beijar o homem-bomba, quero adormecer."
.não há uma tecla "delete" de nós mesmos.. .a angustiante sensação de magoarmos com o nosso próprio eu. Pensava que não ia voltar a acontecer. Enganei-me. Como não há tecla, nem borracha mas apenas olhares penetrantes e devastadores faço o quê? Ok. Talvez o melhor seja mudar completamente. Construir-me de novo. ..achava-me transparente. Deparo-me com uma opacidade, com uma dificuldade de me exprimir perante os outros.. .demasiado complexa para continuar eu mesma? Já não sei. Devia escrever sempre em vez de falar. O resultado era melhor.
...é tão fácil ajudar e eu ainda não tinha visto essa mesma facilidade. Este ano já não dá...mas para o ano.. .Africa, aqui vou eu!!!! Vai ser tão bom usar as MINHAS mãos para alguma coisa de útil.. ! Vai ser tão gratificante.. .tão único! E eu sei que na altura certa vou estar pronta... espero por esta oportunidade à anos... happy happy happy!!!
Jewel- Hands
"If I could tell the world just one thing It would be that we're all OK And not to worry 'cause worry is wasteful And useless in times like these I won't be made useless I won't be idle with despair I will gather myself around my faith For light does the darkness most fear My hands are small, I know But they're not yours, they are my own But they're not yours, they are my own And I am never broken Poverty stole your golden shoes It didn't steal your laughter And heartache came to visit me But I knew it wasn't ever after We'll fight, not out of spite For someone must stand up for what's right 'Cause where there's a man who has no voice There ours shall go singing My hands are small I know But they're not yours, they are my own But they're not yours, they are my own I am never broken"
"Come as you are, as you were, As I want you to be As a friend, as a friend, as an old enemy Take your time, hurry up The choice is yours, don't be late Take a rest as a friend as an old memory"
Às vezes apetece abanar...às vezes não percebemos a melancolia em que vivem...as vezes parecem tão distantes de nós, do nosso mundo...e continuam a sorrir sempre. Parecem viver na perfeição até ao dia em que o mundinho perfeito cai, e com essa queda são arrastadas todas as futilidades, todas as aparências...e nós continuamos aqui. Somos amigos, right?
... sem saber o que dizer, tão farta de um mundo que ela estranha, mas que nunca a "entranhará", tão farta de sorrir, tão farta de conter impulsos... muito farta. Hoje precisava do vento. Sem dúvida precisava de dar asas ao seu grito. Não era apenas revolta. Era um novelo. Um novelo que diariamente aumentava. Enrolava cada pedaço da sua vida com força, com raiva... e o novelo ganhara uma consistência esmagadora, a mesma que o vento da praia dissuadiria. Precisava de saltar. De sonhar, embora por breves segundos que era livre. Sabia que, quando regressasse ao mundo que tanto a angustiava, os fantasmas regressariam… Por enquanto, preferia escolher a elevação do seu tão aprisionado grito. Perto do mar parou… era o seu momento de glória, sem espectadores, sem aplausos… "só" a essência única de alguém tão autêntico. Achou que era no mar que devia afogar a sua dor. E a determinação dos seus passos rompeu o voo da gaivota, o suspiro da onda que rebentava, o odor da alga que dormitava sobre a areia… O seu vestido branco tornou-se transparente. A leveza que sentia, apesar das roupas ensopadas, deu-lhe uma energia, uma força para continuar… não se sentia assim desde… não se recordava. E é no mar que permanece. Já ouviram falar em sereias? Ela é a sereia do meu imaginário.
em que os homens negavam O que outros erguiam. E eu bebia da vida em goles pequenos, Tropeçava no riso, abraçava venenos.
De costas voltadas não se vê o futuro Nem o rumo da bala, nem a falha no muro. E alguém me gritava, com voz de profeta. Que o caminho se faz, entre o alvo e a seta.
(...) De que serve ter o mapa Se o fim está traçado, De que serve a terra à vista Se o barco está parado, De que serve ter a chave Se a porta está aberta, De que servem as palavras Se a casa está deserta?"
Pedro Abrunhosa,"Quem me leva os meus fantasmas"
tão farta do país que não avança, das mentalidades estagnadas,... tão farta mesmo. Regressei do sítio que me faz pensar...vaguei pelas ruas.. .deu para descansar, deu para reflectir. Acima de tudo deu para sentir saudades. Sim! Criticamos sempre o lugar onde vivemos mas, bem no fundo, desejamos um regresso às origens. Eu sinto-me...não me sinto, não me encontro em cidades grandes, com pessoas "pequenas", que correm do metro para o trabalho depois regressam a casa. Um caixote de betão, onde apenas passam a noite...do sofá assistindo à novela habitual, com o argumento habitual, até à cama, onde divagam sobre os sonhos que não concretizaram, as pessoas que não conheceram. E se a meio da noite são invadidos pela irritante insónia, se procuram uma janela, deparam-se com o cenário dos sem abrigo. E voltam para a cama...e sonham com castelos e princesas.